Wesley Ferreira, quatro meses depois dos transplantes, e a mãe Virleide (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
Aos 16 anos, Wesley Ferreira Duarte tem história para muito adulto ficar impressionado. O cearense do município de Icó já passou por dois transplantes de órgãos diferentes, um de coração e outro de rim. As cirurgias foram realizadas com intervalo de tempo de menos de menos de 24 horas no dia 13 de março no Hospital do Coração de Messejana, em Fortaleza. “Conto para todo mundo, muitos amigos não acreditam”, diz Wesley.
Entre a equipe médica do Hospital de Messejana, referência de transplantes no país, a cirurgia de Wesley também foi considerada pouco comum. De acordo com a coordenadora do transplante cardíaco infantil da unidade, Klébia Castelo Branco, foi a primeira vez que o hospital realizou dois transplantes de dois órgãos de um mesmo doador para um receptor. “No caso do transplante infantil, o caso do Wesley é o primeiro até do Norte/Nordeste”, afirma.
Wesley nasceu com uma cardiopatia congênita chamada de ventrículo único. “É como se ele só tivesse metade do coração”, explica a médica. Até os 14 anos, ele vivia com a doença sem precisar de transplante, mas uma pneumonia fez com que os dois rins do menino parassem. “A vida dele parou por dois anos. Ele ficou totalmente debilitado, teve que deixar de estudar e de andar”, lembra a mãe do menino, Virleide Duarte. Aos 15, ele fez os transplantes.
Nesse período, Wesley teve de fazer sessões de hemodiálise durante 10 meses e três vezes na semana. “A pior coisa que lembro nesse tempo é da hemodiálise. Não podia nem beber água porque ficava muito inchado. Fiquei muito fraco”, conta Wesley. Em janeiro de 2013, o menino foi encaminhado para o Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza. Na unidade, os médicos viram que Wesley precisava de um transplante de rim, mas antes, para suportar a cirurgia, precisaria transplantar o coração.
No Hospital de Messejana, Wesley entrou na lista de doação com prioridade. “No caso dele, precisaríamos do coração e do rim de um mesmo doador. Seria muito melhor do ponto de vista imunológico e para a recuperação”, explica a médica. A mãe do menino ficou preocupada com a necessidade de ter encontrar dois órgãos para o filho. “Fiquei louca. Tinha que uma vida morrer para nascer uma doação. Eu achava que ele ia ter que esperar quatro, cinco meses. Ele tava muito debilitado”.
Transplantes
Apesar de o número de doações ser menor e mais difícil nos casos de mortes infantis, segundo os médicos, a espera de Wesley e Virleide não foi grande. No dia 13 de março, o menino, que só pensava em voltar a jogar bola entre os amigos e rever a irmã de um ano e sete meses, entrou com coragem na sala de cirurgia para receber os dois órgãos. “Não tive medo. Tinha muita fé”, diz Wesley.
“Foi uma cirurgia árdua e delicada, o estado dele era grave. A equipe de transplante de Rim do Hospital Geralde Fortaleza (HGF) veio ao Messejana especialmente para realizar o segundo transplante e tudo correu bem”, lembra Klébia Castelo Branco.
Depois dos transplantes, mais uma vez o menino surpreendeu os médicos com a rápida recuperação. “Ele foi superbem. Pensávamos que fosse turbulento porque foram dois órgãos transplantados, mas não houve complicações´´, afirma a coordenadora do transplante cardíaco infantil. No dia 31 de maio, Wesley recebeu alta. “Agora, estamos em paz. Meu filho ganhou duas vidas”, diz a mãe.
Aniversário
No dia 11 de julho, o cearense comemorou o aniversário de 16 anos cheio de planos. A família deve voltar para Icó, onde a mãe pode trabalhar como empregada doméstica e sustentar os filhos e Wesley vai retornar aos estudos. “Próximo ano vou voltar para escola. Quero estudar, se formar, fazer faculdade e ser doutor. Porque é muito bom salvar vidas”, afirma o menino.
Fonte: G1 CE
Entre a equipe médica do Hospital de Messejana, referência de transplantes no país, a cirurgia de Wesley também foi considerada pouco comum. De acordo com a coordenadora do transplante cardíaco infantil da unidade, Klébia Castelo Branco, foi a primeira vez que o hospital realizou dois transplantes de dois órgãos de um mesmo doador para um receptor. “No caso do transplante infantil, o caso do Wesley é o primeiro até do Norte/Nordeste”, afirma.
Wesley nasceu com uma cardiopatia congênita chamada de ventrículo único. “É como se ele só tivesse metade do coração”, explica a médica. Até os 14 anos, ele vivia com a doença sem precisar de transplante, mas uma pneumonia fez com que os dois rins do menino parassem. “A vida dele parou por dois anos. Ele ficou totalmente debilitado, teve que deixar de estudar e de andar”, lembra a mãe do menino, Virleide Duarte. Aos 15, ele fez os transplantes.
Nesse período, Wesley teve de fazer sessões de hemodiálise durante 10 meses e três vezes na semana. “A pior coisa que lembro nesse tempo é da hemodiálise. Não podia nem beber água porque ficava muito inchado. Fiquei muito fraco”, conta Wesley. Em janeiro de 2013, o menino foi encaminhado para o Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza. Na unidade, os médicos viram que Wesley precisava de um transplante de rim, mas antes, para suportar a cirurgia, precisaria transplantar o coração.
No Hospital de Messejana, Wesley entrou na lista de doação com prioridade. “No caso dele, precisaríamos do coração e do rim de um mesmo doador. Seria muito melhor do ponto de vista imunológico e para a recuperação”, explica a médica. A mãe do menino ficou preocupada com a necessidade de ter encontrar dois órgãos para o filho. “Fiquei louca. Tinha que uma vida morrer para nascer uma doação. Eu achava que ele ia ter que esperar quatro, cinco meses. Ele tava muito debilitado”.
Transplantes
Apesar de o número de doações ser menor e mais difícil nos casos de mortes infantis, segundo os médicos, a espera de Wesley e Virleide não foi grande. No dia 13 de março, o menino, que só pensava em voltar a jogar bola entre os amigos e rever a irmã de um ano e sete meses, entrou com coragem na sala de cirurgia para receber os dois órgãos. “Não tive medo. Tinha muita fé”, diz Wesley.
“Foi uma cirurgia árdua e delicada, o estado dele era grave. A equipe de transplante de Rim do Hospital Geralde Fortaleza (HGF) veio ao Messejana especialmente para realizar o segundo transplante e tudo correu bem”, lembra Klébia Castelo Branco.
Depois dos transplantes, mais uma vez o menino surpreendeu os médicos com a rápida recuperação. “Ele foi superbem. Pensávamos que fosse turbulento porque foram dois órgãos transplantados, mas não houve complicações´´, afirma a coordenadora do transplante cardíaco infantil. No dia 31 de maio, Wesley recebeu alta. “Agora, estamos em paz. Meu filho ganhou duas vidas”, diz a mãe.
Aniversário
No dia 11 de julho, o cearense comemorou o aniversário de 16 anos cheio de planos. A família deve voltar para Icó, onde a mãe pode trabalhar como empregada doméstica e sustentar os filhos e Wesley vai retornar aos estudos. “Próximo ano vou voltar para escola. Quero estudar, se formar, fazer faculdade e ser doutor. Porque é muito bom salvar vidas”, afirma o menino.
Fonte: G1 CE
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