Motoristas e cobradores de Fortaleza decidem em votação entrar em greve

 

Sindicato diz que as paralisações começarão à meia-noite desta quarta.
Empresários ofertam 8,5% de reajuste; trabalhadores reivindicam 15%.

 

Em presários ofertam 8,5% de reajuste; motoristas

querem 15% (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

O sindicato de cobradores e motoristas de ônibus de Fortaleza decidiu na tarde desta terça-feira (19), após a segunda assembleia dos trabalhadores, decretar greve na capital cearense. A decisão foi tomada em duas votações, uma pela manhã desta terça-feira, e outra à tarde. Segundo o sindicato, as paralisações comeraçarão à meia-noite.
"A categoria é soberana e votou pela greve. O sindicato vai atender o anseio deles. A gente entende pela população, que estava receosa com a greve. Mas o Sindiônibus [sindicato dos empresários] não ofereceu uma porposta convicente", afirmou o presidente do sindicatos dos motoristas e cobradores, Domingos Neto.
A decisão ocorreu após oferta de aumento salarial de 8,5% por parte dos empresários. A oferta inicial dos empresário era de 4,88%, e foi ampliada para 8,5% na noite de segunda-feira, o que levou a adiamento de possíveis paralisações, que estava programada para a madrugada de terça. Ainda de acordo com o sindicato dos trabalhadores, a paralisação vai afetar, inicialmente, 100% dos ônibus, até que Justiça estabeleça uma quantidade mínima de veículos que devam circular.

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"Nós obedeceremos qualquer decisão da Justiça. Mas a gente espera que seja uma decisão boa para nós. Poderia ser 50% nos horários de pico e no máximo 30% nos demais horários", disse Domingo Neto.
Os empresários ofereceram também aumento do valor da cesta básica de R$ 60 para R$ 70 e vale alimentação de R$ 7 para R$ 8, outras duas reivindicações dos trabalhadores. Os motoristas e cobradores, no entanto, não concordam com a proposta de reajuste salarial e reivindicam aumento de 15%. No início das rodadas de negociaçã, a reivindicação era de 25%. Nesta terça-feira, Domingos Neto afirmou que a categoria "aceitaria um aumento de até 10%".
Os trabalhadores realizaram manifestação na última semana, como bloqueio de terminais e passeatas. Na sexta-feira (15), após duas assembleias, o sindicato decidiu entrar em estado de greve. Segundo o sindicato, a categoria cumpriu 72 horas de anúncio sobre uma possível paralisação e podem parar as atividades "a qualquer momento".

G1