Ele é suspeito de participar de esquema que desviou R$ 3,1 milhões.
Outras cinco pessoas foram presas antes de
Sávio Pontes (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Sávio Pontes (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
O prefeito de Ipu, no interior do Ceará, Sávio Pontes,
apresentou-se nesta quinta-feira (21) à polícia depois de seis dias foragido. O
prefeito suspeito de participar de um esquema que desvio R$ 3,1 milhões
destinados a construção de banheiros populares está preso na sede do Corpo de
Bombeiros do Ceará, em Fortaleza. Segundo o Tribunal de Justiça, ele está preso
desde às 16h desta quinta-feira. De acordo com a Secretaria de Segurança do
Estado do Ceará, o advogado do prefeito, Flávio Jacinto, informou ao comando da
polícia de que Sávio Pontes se encontra preso no Corpo de Bombeiros.
Na segunda-feira, o advogado do prefeito, Flávio Jacinto, havia pedido uma
habeas corpus preventivo, que não foi emitido até esta quinta-feira. Sávio
Pontes teve a prisão decretada na sexta-feira passada (15) junto com outras sete
pessoas, entre funcionários públicos de Fortaleza e de Ipu. Na sexta-feira (22),
o desembargador Francisco Darival vai decidir se ele deve continuar preso na
sede do Corpo de Bombeiros ou será transferido na Delegacia de Capturas, onde
outros cinco pessoas suspeitas de participação no esquema estão detidas.
Segundo denúncia do Ministério Público, a prefeitura de Ipu recebeu R$ 3,1
milhões para construção de banheiros para a população carente. Os banheiros não
foram entregues ou entregues parcialmente. O dinheiro para as obras foi
repassado pela Secretaria das Cidades do Governo do Estado quando Jurandir
Santiago era secretário adjunto.
Jurandir Santiago foi denunciado como participante
do esquema. Na quarta-feira (20), ele renunciou
ao cargo de presidente do Banco do Nordeste do Brasil.
Denúncia
Segundo denúncia do Ministério Público, os suspeitos são responsáveis pelo desvio de R$ 3,1 milhões que seriam usados para construção de banheiros populares em cidades do interior do Ceará. De acordo com a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), associações firmavam contrato com a Secretaria das Cidades do Ceará para receber verba, que era desviada para financiamento de campanha de candidatos.
Segundo denúncia do Ministério Público, os suspeitos são responsáveis pelo desvio de R$ 3,1 milhões que seriam usados para construção de banheiros populares em cidades do interior do Ceará. De acordo com a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), associações firmavam contrato com a Secretaria das Cidades do Ceará para receber verba, que era desviada para financiamento de campanha de candidatos.
Os cinco presos foram transferidos para a Delegacia de Capturas do Ceará, em
Fortaleza, na tarde desta sexta-feira. Entre os presos está Fábio Castelo
Branco, que, de acordo com o Ministério Público, adulterava informações na
Secretaria das Cidades para dar parecer sobre o andamento da construção de
banheiros populares. Os banheiros não eram construídos ou eram construídos
parcialmente. Fábio Castelo Branco foi exonerado da secretaria em 2011.
Um dos suspeitos de receber verba desviada no esquema de corrupção é o
ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Teodorico Menezes.
Teodorico foi afastado do cargo pelos conselheiros do tribunal e em seguida pelo
Superior Tribunal Federal. Há duas semanas o STF determinou também a quebra de
sigilos bancário e fiscal de Teodorico. Em 2011, quando Teodorico depôs na
Procap, ele se disse "tranquilo" e negou as acusações.
G1
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