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sexta-feira, 15 de junho de 2012

CASO YOKI: Executivo pode ter sido decapitado ainda vivo

O laudo do IML aponta que Marcos Matsunaga morreu por asfixia respiratória por sangue associada a um tiro
São Paulo. O diretor executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, pode ter sido decapitado ainda vivo pela mulher, Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, no dia 19 de maio, na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. A dúvida foi levantada depois que a Polícia Civil recebeu o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Cotia, na Região Metropolitana, onde foram encontrados pedaços do corpo do empresário.


A informação do laudo do IML contradiz as informações dadas por Elize Matsunaga em seu depoimento à Polícia FOTO: FUTURA PRESS

O laudo, assinado pelo médico legista Jorge Pereira de Oliveira, aponta que o executivo foi morto por um tiro associado à "asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação". Isso indica que Matsunaga ainda respirava quando teve a cabeça cortada pela mulher.

A informação técnica contradiz a versão apresentada por Elize em depoimento, de que teria matado o marido com um tiro, arrastado o corpo para um quarto e o esquartejado somente dez horas depois, tempo suficiente para que o sangue coagulasse e não deixasse mais vestígios no apartamento onde vivia o casal.

Além de apontar que o executivo estava vivo quando foi decapitado, o laudo afirma que o tiro foi disparado de cima para baixo, da esquerda para a direita e bastante próximo, encostado, com vestígios de pólvora no rosto da vítima. Esse é outro ponto do laudo que contradiz a versão de Elize, de que teria matado o marido durante uma discussão onde os dois estariam em pé. Da forma como foi relatado pelo perito, o tiro foi disparado com Elize em situação de superioridade em relação ao executivo (de cima para baixo) e à queima roupa, e não a uma distância de pelo menos dois metros, como chegou a relatar à polícia.

Para o delegado responsável pelo caso, Mauro Dias, o que mais se destacou em relação ao laudo entregue pelo IML foi a distância a que foi disparado o tiro que matou o executivo. "Ela disse que foi a dois metros e o laudo afirmou que não, que foi próximo". Segundo o delegado, o fato de o laudo apontar que o executivo foi decapitado ainda com vida não muda a tipificação do crime. Já tinha sido registrado como homicídio qualificado.

Diário do nordeste

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