O laudo do IML aponta que Marcos Matsunaga morreu por asfixia respiratória
por sangue associada a um tiro
São Paulo. O diretor
executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, pode ter sido decapitado
ainda vivo pela mulher, Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, no dia 19 de
maio, na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. A dúvida foi levantada
depois que a Polícia Civil recebeu o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de
Cotia, na Região Metropolitana, onde foram encontrados pedaços do corpo do
empresário.
A informação do laudo do IML contradiz as
informações dadas por Elize Matsunaga em seu depoimento à Polícia FOTO: FUTURA
PRESS
O laudo, assinado pelo médico legista Jorge Pereira de
Oliveira, aponta que o executivo foi morto por um tiro associado à "asfixia
respiratória por sangue aspirado devido à decapitação". Isso indica que
Matsunaga ainda respirava quando teve a cabeça cortada pela mulher.
A
informação técnica contradiz a versão apresentada por Elize em depoimento, de
que teria matado o marido com um tiro, arrastado o corpo para um quarto e o
esquartejado somente dez horas depois, tempo suficiente para que o sangue
coagulasse e não deixasse mais vestígios no apartamento onde vivia o
casal.
Além de apontar que o executivo estava vivo quando foi decapitado,
o laudo afirma que o tiro foi disparado de cima para baixo, da esquerda para a
direita e bastante próximo, encostado, com vestígios de pólvora no rosto da
vítima. Esse é outro ponto do laudo que contradiz a versão de Elize, de que
teria matado o marido durante uma discussão onde os dois estariam em pé. Da
forma como foi relatado pelo perito, o tiro foi disparado com Elize em situação
de superioridade em relação ao executivo (de cima para baixo) e à queima roupa,
e não a uma distância de pelo menos dois metros, como chegou a relatar à
polícia.
Para o delegado responsável pelo caso, Mauro Dias, o que mais se
destacou em relação ao laudo entregue pelo IML foi a distância a que foi
disparado o tiro que matou o executivo. "Ela disse que foi a dois metros e o
laudo afirmou que não, que foi próximo". Segundo o delegado, o fato de o laudo
apontar que o executivo foi decapitado ainda com vida não muda a tipificação do
crime. Já tinha sido registrado como homicídio qualificado.
Diário do nordeste
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