(Fonte: Diário do Nordeste )
O Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará (Sincaju) começa a desenvolver um programa de organização da cajucultura no Ceará. O conjunto de ações tem por objetivo assessorar tecnicamente os produtores, organizar a produção e comercialização, melhorar a qualidade e produtividade da castanha e da amêndoa, informar sobre legislação ambiental e, em médio prazo, promover a sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental do setor.
O presidente do Sincaju, Paulo de Tarso Meyer Ferreira, acredita que é preciso com urgência efetivar a implantação do Funcaju, a partir da aprovação de sua constitucionalidade. "É preciso haver uma mobilização de todo o setor e do governo para assegurar os recursos para a formação do Funcaju, a partir de recursos do Orçamento da União, de créditos adicionais, de doações e contribuições, de instituições públicas e privadas e rendimentos de aplicações financeiras em geral", afirmou ele.
A expectativa é que o Funcaju vai assegurar recursos para o desenvolvimento do setor que enfrenta dificuldades em decorrência de dois anos seguidos de seca, queda na produção e produtividade, surgimento de pragas que afetam a castanha e o pedúnculo. "O setor precisa estar organizado, buscar a implantação de modernas tecnologias de produção e melhorar a qualidade do fruto", frisou Paulo de Tarso Ferreira. "Temos necessidade urgente de aumentar o índice de produtividade".
O Sincaju pretende realizar uma série de encontros nas regiões produtoras para organizar e orientar os cajucultores. A ideia é reunir, em cada Município, os produtores, formando associações ou cooperativas para possibilitar assistência técnica regular e permanente para melhorar a qualidade do fruto e aumentar a produtividade. "Uma castanha de qualidade tem acréscimo de 10% a 15% no seu valor", frisou. "A figura do especulador, do atravessador precisa ser afastada porque é ruim tanto para o produtor quanto para o setor industrial".
Outra ação defendida pelo sindicato é que as entidades que têm atuação no setor, como Ematerce, Embrapa, Federação da Agricultura do Estado do Ceará e a Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa trabalhem de forma coesa e planejada com ações permanentes. "Precisamos de políticas públicas efetivas, que saiam do papel, de vontade política para implantar ações e assegurar o desenvolvimento do setor".
Nos últimos anos, houve intensificação do debate sobre a situação da cajucultura no Ceará, que é o maior produtor do Brasil. Os dados mostram que o setor enfrenta crise em decorrência de seca, queda da produtividade e do surgimento de novas pragas como o fungo oídio, que racha o pedúnculo e diminui a produção. O Ceará tem uma capacidade industrial instalada para mais 300 mil toneladas de castanha a ser beneficiada.
No ano passado, a produção no Ceará foi de 168 mil toneladas. O Piauí produziu 66 mil toneladas e o Rio Grande do Norte colheu 45 mil toneladas, segundo dados do Sincaju. Apesar da preocupação com fortes ventos que sopraram no mês de setembro e do início do ataque o oídio, a safra de 2011/2012 foi considerada dentro da expectativa inicial. Para este ano, a seca deve contribuir para a queda de produção nos pomares, mas ainda não há estimativa de safra feita pelos órgãos oficiais.
A preocupação dos técnicos do setor é com o ataque do fungo oídio. A safra deve começar a partir deste mês de agosto e, com a visita de técnicos no campo, será possível uma avaliação sobre a manifestação da praga, que é antiga, mas que agora começa a atacar os cajueiros no Piauí e no Ceará. Geralmente, a colheita se estende até o mês de janeiro e se intensifica nos meses de setembro, outubro e novembro. Segundo o Sincaju, o Ceará tem 400 mil hectares de caju, 57 mil produtores e cerca de 150 mil pessoas vivem do setor em toda a sua cadeia produtiva, do cultivo à indústria.
Mais informações:
Sindicato dos Produtores de Caju (Sincaju)
Rua Silva Jatahy, 72
Fortaleza
Telefone: (85) 3248. 1677
O
Ceará é o maior produtor de caju no Brasil. A meta é integrar todas as
instituições ligadas à cajucultura para fortalecer o setor (Foto:
Honório Brabosa/Diário do Nordeste)
O Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará (Sincaju) começa a desenvolver um programa de organização da cajucultura no Ceará. O conjunto de ações tem por objetivo assessorar tecnicamente os produtores, organizar a produção e comercialização, melhorar a qualidade e produtividade da castanha e da amêndoa, informar sobre legislação ambiental e, em médio prazo, promover a sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental do setor.
O presidente do Sincaju, Paulo de Tarso Meyer Ferreira, acredita que é preciso com urgência efetivar a implantação do Funcaju, a partir da aprovação de sua constitucionalidade. "É preciso haver uma mobilização de todo o setor e do governo para assegurar os recursos para a formação do Funcaju, a partir de recursos do Orçamento da União, de créditos adicionais, de doações e contribuições, de instituições públicas e privadas e rendimentos de aplicações financeiras em geral", afirmou ele.
A expectativa é que o Funcaju vai assegurar recursos para o desenvolvimento do setor que enfrenta dificuldades em decorrência de dois anos seguidos de seca, queda na produção e produtividade, surgimento de pragas que afetam a castanha e o pedúnculo. "O setor precisa estar organizado, buscar a implantação de modernas tecnologias de produção e melhorar a qualidade do fruto", frisou Paulo de Tarso Ferreira. "Temos necessidade urgente de aumentar o índice de produtividade".
O Sincaju pretende realizar uma série de encontros nas regiões produtoras para organizar e orientar os cajucultores. A ideia é reunir, em cada Município, os produtores, formando associações ou cooperativas para possibilitar assistência técnica regular e permanente para melhorar a qualidade do fruto e aumentar a produtividade. "Uma castanha de qualidade tem acréscimo de 10% a 15% no seu valor", frisou. "A figura do especulador, do atravessador precisa ser afastada porque é ruim tanto para o produtor quanto para o setor industrial".
Outra ação defendida pelo sindicato é que as entidades que têm atuação no setor, como Ematerce, Embrapa, Federação da Agricultura do Estado do Ceará e a Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa trabalhem de forma coesa e planejada com ações permanentes. "Precisamos de políticas públicas efetivas, que saiam do papel, de vontade política para implantar ações e assegurar o desenvolvimento do setor".
Nos últimos anos, houve intensificação do debate sobre a situação da cajucultura no Ceará, que é o maior produtor do Brasil. Os dados mostram que o setor enfrenta crise em decorrência de seca, queda da produtividade e do surgimento de novas pragas como o fungo oídio, que racha o pedúnculo e diminui a produção. O Ceará tem uma capacidade industrial instalada para mais 300 mil toneladas de castanha a ser beneficiada.
No ano passado, a produção no Ceará foi de 168 mil toneladas. O Piauí produziu 66 mil toneladas e o Rio Grande do Norte colheu 45 mil toneladas, segundo dados do Sincaju. Apesar da preocupação com fortes ventos que sopraram no mês de setembro e do início do ataque o oídio, a safra de 2011/2012 foi considerada dentro da expectativa inicial. Para este ano, a seca deve contribuir para a queda de produção nos pomares, mas ainda não há estimativa de safra feita pelos órgãos oficiais.
A preocupação dos técnicos do setor é com o ataque do fungo oídio. A safra deve começar a partir deste mês de agosto e, com a visita de técnicos no campo, será possível uma avaliação sobre a manifestação da praga, que é antiga, mas que agora começa a atacar os cajueiros no Piauí e no Ceará. Geralmente, a colheita se estende até o mês de janeiro e se intensifica nos meses de setembro, outubro e novembro. Segundo o Sincaju, o Ceará tem 400 mil hectares de caju, 57 mil produtores e cerca de 150 mil pessoas vivem do setor em toda a sua cadeia produtiva, do cultivo à indústria.
Mais informações:
Sindicato dos Produtores de Caju (Sincaju)
Rua Silva Jatahy, 72
Fortaleza
Telefone: (85) 3248. 1677
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