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sexta-feira, 15 de junho de 2012
OPERAÇÃO INTERESTADUAL: PF prende organização criminosa do tráfico
Além do Ceará, outros cinco Estados foram ´alvo´ da ação. Quinze pessoas foram presas em território cearense
Um forte golpe foi dado no esquema do tráfico interestadual de drogas, principalmente no Ceará, com a deflagração da ´Operação Minotauro´, desencadeada, ontem, por 90 homens da Polícia Federal (PF). Somente no Ceará foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão.
Além do Ceará, os agentes da PF efetuaram uma prisão no Rio Grande do Norte, duas em Rondônia, uma no Amazonas, outra no Mato Grosso e quatro no Mato Grosso do Sul.
O superintendente da PF no Ceará, Sandro Caron, e os delegados que participaram da ´Operação Minotauro" deram uma entrevista coletiva para falar da investigação e de como o bando praticava a ´lavagem´ do dinheiro FOTO: RODRIGO CARVALHO
O superintendente regional da PF no Ceará, delegado Sandro Caron, informou que as pessoas presas em Rondônia, no Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul eram responsáveis pelo fornecimento da droga. O acusado preso no Rio Grande do Norte adquiria a droga na Capital cearense e se encarregava de fazer a revenda em território potiguar.
O ´cabeça´ da quadrilha, segundo o delegado Sandro Caron, esteve preso entre 2006 e 2008. Mesmo na cadeia, ele continuava a comandar a atividade criminosa. No ano em que saiu da prisão, permaneceu traficando drogas. Em janeiro de 2009, na prática, a ´Operação Minotauro´ teve início com as investigações sobre as atividades do homem apontado como líder da quadrilha. Os agentes da PF verificaram que ele montou um esquema para não atrair suspeitas e abriu uma transportadora e um frigorífico.
´Fachada´
Com as empresas de ´fachada´, o chefe do grupo passou a ter menos contato direto com as drogas que eram enviadas para ele. "Cada um tinha uma função específica na organização criminosa", disse o delegado Eliomar Lima Júnior, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF. "Para evitar suspeitas, ele não transportava drogas no caminhões que estavam em nome da empresa, mas o dinheiro do tráfico era ´lavado´ através de pessoas jurídicas criadas para esse fim", completou.
Foco
Caron salientou que o ´cabeça do grupo criminoso não´ ostentava riqueza, exatamente para não levantar suspeita. O superintendente acrescentou que as investigações foram focadas no patrimônio dos suspeitos. "Somente descapitalizando os chefes, podemos combater o tráfico".
Durante o período de investigação do grupo criminoso, foram apreendidos 403 quilos de drogas, precisamente maconha e cocaína nas mais diversas formas. Os membros da organização criminosa foram presos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. "Alguns já estavam presos por outros crimes cometidos, inclusive o policial militar", lembrou Sandro Caron.
Outro caso
Durante a operação, outro grupo acabou preso pela PF. Três homens foram detidos na Avenida Frei Cirilo, em Messejana, quando transferiram de um carro para outro 35,9 quilos de cocaína. Um paulista e dois cearenses foram detidos.
Um deles é PM e o outro, servidor da Assembleia Legislativa do Ceará há cerca de 30 anos.
FERNANDO BARBOSAREPÓRTER
Diário do Nordeste
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