Juazeiro do Norte-CE: Restos mortais da Beata Maria de Araújo são procurados
11/05/2012 às 11:20
Demontier Tenório
Juazeiro do Norte amanheceu nesta quinta-feira repleto de cartazes com uma imagem da Beata Maria de Araújo derramando sangue pela boca (Foto: Ag. Miséria/Chinês)
A ordem teria partido do então vigário Monsenhor Alves de Lima para satisfazer o bispo do Crato, dom Quintino Oliveira. O Padre Cícero ficou muito abalado ao saber que os restos mortais da religiosa tinham desaparecido. Não existe qualquer indicativo sobre a autoria dos cartazes recém-colados em Juazeiro e nem alusão de que o corpo da beata fora exumado após a violação do seu túmulo há quase 82 anos. O professor, historiador e diretor teatral, Renato Dantas, diz desconhecer os responsáveis.
Ele declarou ao Miséria que tinha ouvido falar de algo parecido por parte de um coletivo de artistas e supôs que seja alguma cobrança à Igreja Católica sobre o destino dado aos restos mortais da beata que protagonizou os milagres de Juazeiro quando a hóstia transformava-se em sangue na sua boca. “Talvez seja algum pedido de esclarecimento a respeito dela”, resumiu o historiador. O professor Raimundo Araújo, que é parente da beata”, também desconhece a origem da campanha.
HISTÓRIA – Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo nasceu no dia 24 de junho de 1863 no povoado de Joaseiro e a primeira das mais de 100 aparições do fenômeno da hóstia ensangüentada aconteceu no dia 1º de março de 1889 quando tinha apenas 26 anos de idade. Foi durante missa celebrada pelo Padre Cícero, na primeira sexta-feira da Quaresma. Ao dar a Santa Comunhão à jovem, esta se transformou em sangue.
No dia 19 de agosto de 1889 ocorreu a consagração total da Beata Maria de Araújo à Nossa Senhora, sob orientação do seu diretor espiritual Padre Cícero, em cerimônia restrita na capela do Santíssimo Sacramento da Igreja de Nossa Senhora das Dores. No dia 19 de julho de 1891 veio a determinação do bispo do Ceará, dom Joaquim Vieira, ao Padre Cícero e demais sacerdotes que tinham visto a hóstia ensangüentada para negarem ser um milagre divino. Ela foi enclausurada e apanhou na Casa de Caridade de Crato. A religiosa morreu no dia Dia 17 de janeiro de 1914 em Juazeiro.
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