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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Manifestantes pedem legalização da maconha

Neste mês de maio, acontecerão marchas semelhantes em outras 32 cidades do País, informou organizadoresBatuque, faixas, cartazes e palavras de ordem transformaram a Marcha pela Legalização da Maconha, no último sábado, em um movimento reivindicatório descontraído e bem-humorado. Reunindo um público predominantemente jovem, que usou roupas despojadas e pintou os rostos de verde, a marcha começou na Estátua de Iracema, no Aterrinho, após as 16 horas, e seguiu pela orla até o Anfiteatro da Volta da Jurema. O clima foi de paz, mas em todo o percurso, da concentração à dispersão, os manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar.

"Ei, polícia, a maconha é uma delícia" e "maconha é natural big-mac é que faz mal" foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos participantes, que também transportaram uma réplica de um "baseado" tamanho gigante.

Coube ao Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur) fazer o policiamento durante o evento, utilizando 63 homens, segundo informou o tenente coronel Cláudio Mendonça, adiantando que a marcha contou com a presença de pouco mais de 200 pessoas. A organização do evento, contudo, contestou e afirmou que 1.500 simpatizantes acompanharam a manifestação.

Tolerância zero
Mas apesar do clima de aparente tranquilidade, o comandante da tropa, o oficial Cláudio Mendonça, esclareceu que "a marcha foi autorizada por autoridades competentes e, como estamos numa democracia, respeitamos a liberdade de expressão, porém nossa tolerância é zero com a uso da Cannabis Sativa".

Além disso, lembrou que cerca de 90% dos crimes que acontecem no País são motivados pelo uso abusivo de drogas. "A maconha é a porta de entrada para outras drogas, por isso acho que não faz sentido sua legalização".

Autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as marchas pela legalização da maconha acontecerão em 33 cidades brasileiras em maio, também considerado o "mês verde", explicou um dos organizadores na cidade de Fortaleza, José Pinheiro Júnior. "A legalização é uma forma de tirar o monopólio das mãos dos traficantes", lembrou.

Atualmente, encontra-se prestes a ser julgado no STF o Recurso Extraordinário (RE) 635.659, que deverá definir se a proibição do uso da maconha é constitucional. Caso a matéria seja julgada inconstitucional, será o primeiro passo para a descriminalização.

MOZARLY ALMEIDA
REPÓRTER

Diário do Nordeste

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